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Trilhas e estradas do Circuito das Águas reúnem de ciclistas triatletas a campanhas solidárias: 'Paraíso'

Região oferece opções para diversas modalidades sobre duas rodas. Topografia e paisagem fizeram carioca trocar Rio de Janeiro por Amparo.
Ciclistas pedalam nas trilhas do Circuito das Águas 
Foto: Clóvis Ueda

Campeões e anônimos se misturam nas estradas e trilhas que cortam as cidades do Circuito das Águas Paulista. São os bikers que, de forma unânime, elegem a geografia e a segurança do trânsito da região como ideais para pedalar.

“Temos graus de dificuldade baixo, intermediário e alto e isso permite a preparação intensa em todos sentidos”, comenta o triatleta de Amparo (SP) André Luís Baroni Nora, que acumula 180 pódios em 200 provas disputadas ao longo de nove anos.

Grupos de amigos, casais, famílias e atletas de ponta são facilmente encontrados diariamente e, principalmente, nos finais de semana pelos quilômetros do imenso cinturão verde que separam Jaguariúna (SP), Pedreira (SP), Amparo (SP), Monte Alegre do Sul (SP), Serra Negra (SP), Lindoia (SP), Águas de Lindoia (SP), Socorro (SP) e Holambra (SP).

O cicloturismo faz parte da rotina de moradores e turistas. Atrai centenas de visitantes, principalmente de municípios nos arredores do Circuito das Águas Paulista, como Campinas (SP), Morungaba (SP), Itapira (S) e Mogi Mirim (SP), entre outros.
Triatleta André Luís Baroni Nora treina no Circuito das Águas 
Foto: Daniel Vieira

Há 9 anos, o triatleta participa de treinamentos diários na região. Costuma a pedalar 200 quilômetros toda semana pelas rodovias e estradas de terra do Circuito das Águas.

“Aqui é um paraíso. A topografia da região favorece pelas retas, subidas, descidas. Você encontra todo tipo de grau de dificuldade. Não deixa nada a desejar a qualquer outro lugar no mundo. É perfeito para o treinamento”, analisa o triatleta Nora.

A bike é uma companheira inseparável, para quem ainda cumpre a rotina de correr e nadar, modalidades que completam uma competição de triatlo.

Nora traz no currículo o pentacampeonato paulista, dois vices em brasileiro e participações mundiais: 25º lugar no Mundial do Canadá (2014), 23º nos EUA (2015) e 32º no México (2016).

Outro nome de ponta que treina na região é Dimas Marchi, que recentemente conquistou vaga para participar do Iroman do Havaí, nos Estados Unidos, em outubro.
Carioca Jean Patrick Menezes Cardoso trocou o Rio por Amparo, para pedalar 
Foto: Jean Patrick Menezes Cardoso / Arquivo pessoal

O nome é francês, nasceu no Rio Janeiro, mas se apaixonou pelo Circuito das Águas. Jean Patrick Menezes Cardoso, 32, é de Bonsucesso e morou por muito tempo na Lapa, no Rio. Em 2006, conheceu o Circuito das Águas e nunca mais o deixou.

“Conheci Amparo por intermédio de uma ex-namorada. A relação não evoluiu, mas me mudei para cá. No começo foi difícil, não conhecida ninguém. Passei aperto. Mas os bikers me acolheram. Não troco aqui por nada”, comenta.

Patrick diz que fez de tudo na vida

“Fui office boy e cheguei a vender picolé na praia. Sempre gostei de desafios e a bicicleta permite isso. Desde que embarquei na aventura de me mudar para Amparo, pedalo. Conheci muita gente, locais maravilhosos e minha mulher. Só tenho a agradecer”, relata.
Jean Patrick com grupo de ciclistas 
Foto: Clóvis Ueda
O carioca é um dos líderes do clube Pedal da Catedral e um dos organizadores do Mega Pedal do Festival de Inverno de Amparo. “O mundo dos bikers é um coração de mãe, aberto para todos. É um prazer muito grande fazer parte desse movimento”, diz.

Patrick destaca que estar na região é algo diferenciado. “As estradas são seguras, talvez pelo menor tráfego de veículos”, comenta.

“Sem contar que você pedala e topa com André e Vítor Nora, João Paulo Imnes, Sandrinho Natali, Dimas Marchi, triatletas de seleção brasileira, treinando ou participando de simulados para o Iroman. Aí tem a galera do mountain bike, do speed, e nós que buscamos sempre quebrar nossos recordes pessoais, conhecer novos lugares e fazer amigos”, completa.
Grupo de ciclistas em Monte Alegre do Sul 
Foto: Clóvis Ueda

Além de triatletas, competidores de mountain bike (modalidade disputada em terrenos acidentados e trilhas) e de speed (praticado no asfalto) também se encontram no Circuito das Águas. É o caso de Éder Sartori Vieira, que está envolvido com o mountain bike há oito anos.

“Temos locais ótimos aqui e por isso que a cada ano cresce o número de frequentadores em nossas trilhas e estradas”, diz.

Vieira lembra que os clubes que se dedicam ao cicloturismo também são responsáveis por alavancar o crescimento dos esportes sobre duas rodas.

“São muitos. Só em Amparo, de quatro a seis clubes principais. Organizam atividades e passeios no ano inteiro e isso incentiva quem está à procura de um esporte para se dedicar ou até mesmo quem gosta de pedalar como hobby”, comenta.

De acordo com Éder Vieira, as pessoas saem pela região durante a semana e nos finais dela. “Há eventos noturnos e diurnos. Terça, quarta, quinta-feira, sábado, domingo e feriado. Há muitas opções para quem quer pedalar”, avisa. 
Grupo pedala pela trilha entre as cidades do Circuito das Águas 
Foto: Clóvis Ueda
Ciclistas se reúnem para pedalada em grupo no Circuito das Águas 
Foto: Andreia Pereira 

Natureza, esporte e amizade

Pedalar pelo Circuito das Águas Paulista não atrai apenas quem busca o sonho superar desafios e tornar-se campeão das mais diferentes categorias e níveis. Serve para quem busca praticar uma atividade física e para quem gosta de manter contato direto com a natureza e fazer novas amizades.
É o caso de Pedro Arlindo Brolezi, de 63 anos, que participa de “pedais” há seis.

“Andar de bicicleta é uma atividade completa. A região é belíssima e o companheirismo faz parte da rotina. É ótimo para relaxar, cada dia se conhece um local diferente, lindas paisagens e muitas histórias”, comenta.
Ciclistas fazem pausa após pedalada pelo Circuito das Águas 
Foto: Andreia Pereira

Alfred Dutzmann e Joana D’Andrea também se juntam a grupos para pedalar. “É uma delícia, uma vida saudável junto à natureza. É algo que dá para fazer em grupo, em dupla ou até sozinho”, diz Joana. 


Fonte: Ivan Lopes, G1 Campinas e Região

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